METODO DE ESTUDO- ESTUDANTE
METODO DE ESTUDO- ESTUDANTE SEGUINDO EM FRENTE
Métodos
de Estudo
Muitos
dos problemas de aprendizagem existentes entre os estudantes são hoje
explicados
pela ausência ou uso inadequado de métodos de estudo e pela
inexistência
de hábitos de trabalho que favoreçam a aprendizagem. Além disso,
muitos
jovens manifestam atitudes negativas face ao estudo, uma enorme
desmotivação
para as actividades escolares, dedicando-lhes muito pouco tempo.
Por
isso pensámos desenvolver, no nosso projecto, um conjunto de iniciativas,
dirigidas
a alunos, professores e encarregados de educação, no sentido de ajudar os
jovens
a desenvolver um conjunto de competências fundamentais para uma melhor
aprendizagem.
Uma
dessas iniciativas foi a dinamização da actividade Apoio Escolar que tem como
objectivo
principal ajudar os alunos que a frequentam a adquirir hábitos e métodos
de
estudo adequados.
O
texto seguinte pretende, de uma forma simples, dar aos alunos e encarregados de
educação
algumas pistas que os possam ajudar a organizar as actividades
escolares.
1 -
Motivação
O
segredo do sucesso está na motivação. Esta deverá ser forte, mas não excessiva
(o
que pode conduzir à ansiedade e ao medo do fracasso, que prejudicam o
rendimento).
Sem
motivação aprende-se pouco e esquece-se depressa. Um estudante motivado
concentra-se
no trabalho, não se dispersa nem interrompe o estudo. Além disso,
tudo
o que é significativo e interessante para o sujeito permanece mais tempo na
memória
e pode ser recordado com facilidade.
Os
reforços do interesse
Se a
motivação é fraca os jovens precisam de reforços, que podem surgir da
iniciativa
de pais e professores, ou do próprio estudante.
Castigos
e prémios dos educadores
É
mais importante estar atento aos esforços do aluno do que às suas
classificações.
Alguns
pais dão aos filhos um prémio em dinheiro, proporcional às classificações
alcançadas.
Mas este processo pode transformar o estudo num negócio.
Por
outro lado, é por vezes necessário aplicar castigos, mas é preferível sublinhar
o
encorajamento
sempre que o aluno obtém um resultado positivo, já que são os
prémios,
e não os castigos, que podem criar o gosto pela aprendizagem.
Estímulos
criados pelo estudante
O
ideal é que o estudante seja capaz de oferecer a si mesmo reforços positivos.
Quando
obtém uma boa classificação ou termina uma tarefa difícil, pode oferecer a
si
mesmo algo que lhe agrade (e seja proporcional ao esforço realizado), como uma
ida
ao cinema ou saída com os amigos.
Mas
os prémios não precisam de ser materiais. O aluno pode considerar estímulo
suficiente
a satisfação pessoal por aprender coisas novas, ou agradar aos pais, por
exemplo.
Pensar
no futuro
É
bom que os jovens adquiram o hábito de pensar no futuro, encarando assim o
estudo
como forma de realização pessoal e profissional. Assim, o jovem não
estudará
apenas em função dos prémios ou castigos imediatos, mas terá
consciência
de estar a construir o seu próprio futuro.
Autoconfiança
A
autoconfiança é uma atitude psicológica saudável (não deve confundir-se com
arrogância
ou excesso de confiança) que aumenta o interesse pelo estudo e diminui
as
angústias próprias dos momentos difíceis. A autoconfiança permite ao jovem uma
reacção
positiva perante uma dificuldade ou pequeno fracasso.
Os
estudantes sem autoconfiança valorizam excessivamente as suas limitações e
duvidam
de si mesmos; por isso desistem ou deixam correr as coisas, à espera que
outros
lhes resolvam os problemas.
O
medo do fracasso tem origem, muitas vezes, na falta de estímulos positivos e no
abuso
de castigos por parte dos educadores. Repreensões permanentes criam
ansiedade
e matam a autoconfiança.
A
construção da confiança
A
autoconfiança pode construir-se, passo a passo, com pequenos êxitos, baseados
no
esforço diário. Para esta construção são essenciais o saber e a consciência do
dever
cumprido. Dois exercícios mentais são importantes para a construção da
autoconfiança:
lembrar resultados positivos e acreditar no sucesso (quem já venceu,
pode
voltar a vencer).
Seguir
o curso adequado
É
muito importante que o jovem escolha o curso certo, de acordo com as suas
aptidões,
capacidades e interesses. Para uma escolha adequada é importante o
conselho
de um técnico (orientador vocacional ou psicólogo).
Acrescente-se
que nem todos podem alcançar licenciaturas. Por vezes, existem
alternativas,
aparentemente menos atractivas, que podem permitir a plena realização
pessoal
e profissional.
Persistência
O
essencial para alcançar o sucesso é o empenho do jovem, e não apenas a ajuda
dos
pais ou professores.
Se o
curso foi bem escolhido e os métodos de trabalho são correctos, é necessário
persistir,
não cedendo às primeiras dificuldades.
2 -
A Gestão do tempo de estudo
O
estudante deve conciliar as suas actividades desportivas, de convívio, etc, com
o
tempo
dedicado aos estudos. É necessário que estabeleça uma escala de
prioridades,
fazendo uma gestão racional do tempo, dedicando a cada tarefa o
tempo
necessário.
No
entanto, um jovem com metas ambiciosas terá sempre que dedicar mais tempo
ao
estudo do que a outras ocupações.
É
desejável que se dedique ao estudo individual, em média, um mínimo de 10 horas
semanais.
Horas
mais rentáveis
Para
a maior parte das pessoas, o rendimento intelectual da manhã é superior ao da
tarde
e noite. Ao princípio da tarde há sempre uma quebra de vivacidade mental,
mas
o fim da tarde parece igualmente eficaz.
As
horas mais rentáveis deverão ser dedicadas ao trabalho mais difícil. Antes de
dormir
deverão realizar-se apenas trabalhos de casa e revisões ligeiras.
Pausas
no trabalho
Quando
o estudante começa a sentir cansaço, é conveniente fazer uma pausa ou
mudar
de assunto.
Quanto
à duração do trabalho, o ideal poderá ser realizar “pequenas etapas”
pequenos
períodos de esforço intenso e concentrado. Por exemplo, 3 horas com 2
intervalos
renderão mais do que 3 horas seguidas. A regra poderá ser: 10 minutos
de
intervalo por cada hora de estudo. Nos intervalos, deverão ser evitadas
actividades
que distraiam excessivamente (ver televisão, por exemplo).
Para
evitar a saturação, o estudante poderá também mudar de assunto, mas não é
conveniente
mudar para uma disciplina semelhante (Inglês e Francês, por exemplo),
já
que isto poderá provocar confusões.
A
eficácia de um horário
É
importante elaborar um horário semanal para o estudo. Este deverá ser realista
e
ajustar-se
às necessidades individuais. Deverá também ser flexível e ter em conta os
compromissos
relativos às várias disciplinas (testes e trabalhos, por exemplo, que
poderão
ser registados numa agenda).
O
horário deverá funcionar como um guia que poderá levar o aluno a trabalhar com
regularidade.
Exercício
de autodisciplina
O cumprimento
de um horário favorece a aquisição de autodisciplina, sendo que
esta
é um trunfo fundamental para o sucesso nos estudos e na vida.
O
trabalho regular e planificado implica alguma dose de sacrifício, mas traz
enormes
recompensas:
previne a fadiga, as confusões e a ansiedade de quem guarda o
estudo
para a última hora.
Ocupações
extra-escolares
Um
bom estudante deve dar prioridade ao trabalho escolar. Mas isso não significa
que
se torne um “escravo do dever”.
Na
escolha das suas actividades extra-escolares, deverá ter em conta os seguintes
critérios:
A saúde física e psicológica (leitura, desporto);
O convívio;
O contacto com o mundo do trabalho (que abre novos horizontes e
pode ajudar
na
escolha de uma vocação profissional.
3 -
O local de estudo
Um
dos factores que afectam a falta de atenção e concentração no estudo é o
ambiente
de trabalho.
O
ideal é que exista um local destinado apenas ao estudo. Mas em muitos casos,
isso
não é possível. Deve então partir-se das condições existentes, identificando,
em
conjunto
com o jovem quais os estímulos do meio ambiente que podem
contribuir
para perturbar a sua atenção e, em seguida, a imaginar
estratégias
para
os eliminar ou evitar.
O
jovem deverá ser incentivado a organizar o seu local de estudo tendo em conta
os
seguintes
aspectos:
Se possível, ter um local exclusivamente dedicado ao estudo.
Estudar num local confortável e com boa iluminação.
Ter todo o material necessário nesse local (para evitar
interrupções).
Pôr fora do local de trabalho (ou desligar) tudo aquilo que puder
servir de
distracção
(TV, rádio, jogos de computador, etc.).
Evitar ser interrompido por outras pessoas (colocando, por
exemplo, um aviso
na
porta).
4 -
A Leitura Activa
Apesar
de vivermos na época do audiovisual e dos computadores, o livro continua a
ser
o principal instrumento de estudo.
No
entanto, muitos alunos confundem o saber estudar com um tipo de leitura
superficial
que não conduz à compreensão das ideias principais e à respectiva
assimilação.
Uma
leitura orientada para o estudo deverá fazer-se de acordo com as regras
seguintes.
Etapas
da leitura activa
As
duas etapas da leitura são:
Ler
“por alto”:
Nesta
fase, é aconselhável dar uma rápida vista de olhos pelo conteúdo, para obter
uma
“visão panorâmica” do assunto a explorar. Poderá passar pela leitura de um ou
outro
parágrafo do início, do meio ou do fim; pelo exame de títulos e subtítulos,
esquemas,
ilustrações e frases destacadas.
O
que importa é que, nesta fase, o estudante descubra a ideia principal do capítulo
ou
texto, orientando o trabalho para os aspectos mais importantes.
Ler
“em profundidade”:
Nesta
fase, o estudante deverá explorar e captar o essencial. Deverá passar pela
leitura
integral do texto, de forma aprofundada, tantas vezes quantas forem
necessárias,
até conseguir respostas para questões como estas:
Que diz o autor? Que ideias pretende transmitir?
Os factos e argumentos apresentados são fundamentados?
Concordo com as opiniões do autor?
Que novidades há no texto?
Há no texto informações úteis? Posso aplicá-las na prática?
Que relação tem o assunto com aquilo que já sei?
O
bom leitor manifesta espírito crítico perante aquilo que lê. A leitura “em
profundidade”
é feita com a inteligência e não só com os olhos.
Processos
de Leitura Activa
Consultar
o Dicionário
Só
podemos captar as ideias de um texto se compreendermos as palavras usadas
pelo
autor. Por isso é muito importante a utilização de um dicionário sempre que
encontramos
palavras ou expressões desconhecidas ou de sentido duvidoso. O
dicionário
é uma fonte rápida e segura para tirar dúvidas e devemos tê-lo sempre à
mão
(um dicionário geral e, se necessário um dicionário especializado). Se não
tivermos
um dicionário, deveremos anotar as palavras cujo significado
desconhecemos,
para esclarecimento posterior. Através da consulta do dicionário,
adquire-se
também maior competência na comunicação oral e escrita.
Sublinhar
É
uma forma de prestar mais atenção e captar melhor o que se lê. Quem sublinha lê
duas
vezes. Um bom sublinhado permite também tirar bons apontamentos e fazer
revisões
rápidas.
Para
sublinhar bem é preciso saber descobrir o essencial que, normalmente, é
assinalado
nos títulos e subtítulos ou através da insistência em determinadas ideias.
As 3
regras fundamentais para sublinhar bem são:
Dar prioridade a definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos e
outros
elementos
que sejam a chave da ideia principal.
Não abusar dos traços e cores. Normalmente, basta destacar, por
parágrafo,
uma
ou duas frases. Sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada.
Fazer
anotações
As
anotações à margem provam o espírito crítico do leitor. São reacções ou
comentários
pessoais ao que se lê e podem expressar-se de várias formas: Pontos
de
exclamação (surpresa ou entusiasmo), pontos de interrogação (dúvida ou
discordância),
palavras que resumam o essencial de um parágrafo, referências a
outras
ideias sobre o assunto, do mesmo autor ou de autores diferentes.
Tirar
apontamentos
Os
apontamentos facilitam a captação e retenção da matéria, a elaboração de
trabalhos
de casa e a revisão anterior às provas de avaliação. Escrevendo, aprendese
melhor
e guarda-se a informação por mais tempo. Os apontamentos podem ser
de 3
tipos:
Transcrições
Transcrever
é copiar por extenso um texto ou parte dele. Não é o melhor processo
para
estudar um assunto. Mais eficaz é elaborar esquemas ou resumos. Mas são
indispensáveis
quando recolhemos informação para um trabalho escrito e queremos
recorrer
a citações. As regras a respeitar nas transcrições são:
Não copiar textos demasiadamente longos. Seleccionar as partes
mais
importantes.
Pôr entre aspas os textos transcritos.
Indicar, com precisão, a fonte – nome do autor, título do livro ou
revista, editor,
nº e
local de edição, data e página.
Esquemas
Os
esquemas são enunciados de palavras-chave, em torno das quais é possível
arrumar
grandes quantidades de conhecimentos. Permitem destacar e visualizar o
essencial
e a sua elaboração desenvolve a criatividade e o espírito crítico. Podem
assumir
a forma de índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas. Os esquemas
podem
perder o sentido com o tempo. Por isso, o mais aconselhável, é fazer
resumos.
Resumos
Resumir
exige a capacidade de seleccionar e reformular as ideias principais, usando
frases
bem articuladas.
A
metodologia aconselhável para resumir (sobretudo para estudantes pouco
experientes
nesta matéria) é:
Compreender o texto, na globalidade.
Descobrir a ideia-chave de cada parágrafo.
Registar as ideias-chave numa folha de rascunho.
Reconstruir o texto, de uma forma pessoal, respeitando o
pensamento do
autor.
Um
bom resumo (tal como um bom esquema) deve ter as seguintes características:
Brevidade – um bom resumo não deve ultrapassar um quarto do
original.
Clareza – ideias apresentadas sem confusão ou ambiguidade.
Rigor – reprodução das ideias sem erros ou deformações.
Originalidade – utilização de linguagem original, própria de cada
leitor, mas
transmitindo
o ponto de vista do autor – resumir não é comentar.
Aprender
a resumir é fundamental para comunicar o que sabemos, com rapidez e
eficiência
(nomeadamente em provas de avaliação).
5 -
A Elaboração de um Trabalho
Fazer
trabalhos escritos é um bom método para treinar as capacidades de
compreensão
e expressão. Há 3 fases na elaboração de um trabalho escrito:
Escolha
do tema
A
escolha do tema do trabalho deverá ser feita com cuidado. Se o tema for
proposto
pelo
professor, o aluno deverá esclarecer bem junto daquele os objectivos
pretendidos.
Se a escolha for livre, o aluno deverá ter em conta:
A sua capacidade individual, para não se propor tarefas superiores
às suas
forças.
As fontes de consulta, assegurando-se de que estas existem e são
acessíveis.
O tempo disponível, para poder delimitar as fronteiras da
investigação.
Recolha
de informações
As
fontes de informação são diversas e poderão ser encontradas na biblioteca da
escola
ou em bibliotecas públicas. Os tipos essenciais de fontes são:
Os dicionários – esclarecem o sentido das palavras.
As enciclopédias – dão uma visão geral dos assuntos.
Os livros especializados – desenvolvem os temas.
Documentos em vídeo.
Páginas da Internet.
CD-ROM.
Entrevistas com pessoas ou entidades.
Para
encontrar livros numa biblioteca o estudante deverá consultar, se necessário
com
ajuda do responsável, os respectivos ficheiros, que estão organizados por
assuntos,
por títulos ou por autores.
Não
convém que o estudante se baseie numa única fonte: as fontes deverão ser
variadas
e merecedoras de crédito.
É
aconselhável começar o trabalho pela consulta de uma obra de informação geral
sobre
o tema (manual, enciclopédia).
Para
registar as informações recolhidas recomenda-se a utilização de fichas ou
folhas
soltas, de tamanho uniformizado. Não devem misturar-se ideias ou factos
diversos
numa mesma folha, para que o material seja depois mais fácil de consultar
e
manusear.
As
informações podem ser registadas como transcrições literais (neste caso, entre
aspas
e com indicação do autor, título da obra e página) ou como resumo pessoal.
O
Plano
Depois
da recolha das informações, o aluno deve elaborar um plano ou esquema
orientador,
que deverá ser mostrado ao professor.
O
plano oferece uma ajuda preciosa para a fase da escrita e, eventualmente, para
uma
intervenção oral a realizar sobre o tema.
Para
elaborar um plano há duas operações necessárias:
A
filtragem
É a
selecção do material recolhido, em função dos objectivos que se pretende
atingir.
O estudante deve eliminar as informações supérfluas, duvidosas ou
confusas,
sem cair no erro de querer “dizer tudo”.
A
ordenação
É a arrumação
das informações segundo uma ordem lógica. As informações devem
ser
organizadas numa sequência lógica e bem articulada. Para realizar este
trabalho,
o estudante pode começar por escrever, numa folha, um índice
esquemático,
uma lista de ideias-chave, precedidas de números ou letras. Com base
nesta
lista, é mais fácil redigir de forma clara, sem perder o “fio condutor” das
ideias.
A
redacção
Um
bom plano facilita a redacção mas esta é sempre um processo que passa por
várias
tentativas e exige esforço e persistência. As questões a ter em conta são:
As
partes do texto
O
trabalho deve ser dividido em 3 partes:
A introdução
– serve para mostrar, brevemente, o interesse do tema e a forma
como
vai ser desenvolvido. Apresenta o problema e marca os limites do trabalho.
O desenvolvimento
– “corpo do trabalho”, onde o tema é explicado, desenvolvido,
ponto
por ponto, ao longo de diversos capítulos, com títulos e subtítulos. Cada
capítulo
deve ter uma extensão adequada à importância do assunto abordado.
A conclusão
– Resume o essencial do que se disse ao longo do trabalho, podendo
também
servir para tomar posição e indicar pistas de investigação futuras.
Bibliografia
No
final do trabalho, deve-se apresentar sempre uma lista bibliográfica. Ela deve
ser
organizada
por ordem alfabética e deve integrar as obras consultadas. Pode ainda
recomendar
outras obras com interesse para o tema estudado.
Na
bibliografia devem mencionar-se os seguintes elementos, separados por vírgulas:
apelido e nome do autor (ou autores, ou organizador se a obra for
colectiva);
título e subtítulo (sublinhados)
nº da edição utilizada;
local de edição (se não constar, escreve-se s.l. – sem local);
editor
data de edição (se não constar, escreve-se s.d. – sem data).
Apresentação
do Trabalho
É
muito importante cuidar da apresentação exterior do trabalho, que deve ser
agradável
e limpa, manifestando o respeito do estudante por si próprio e pelo
destinatário
do trabalho.
Para
uma apresentação cuidada, o estudante deve:
Usar folhas brancas, de formato comum;
Escrever apenas de um lado das folhas;
Reservar a 1ª página para a identificação pessoal, título do
trabalho, nome da
disciplina,
escola e data;
Fazer um índice, na 2ª página;
Salientar convenientemente os títulos e subtítulos;
Sublinhar palavras e expressões mais importantes;
Abrir espaços entre os parágrafos;
Deixar margens que permitam anotações e a encadernação do
trabalho;
Escrever em computador ou, quando tal não for possível, fazer
caligrafia
legível;
Não entregar folhas riscadas ou emendadas;
Numerar as páginas;
Sempre que possível, colocar capa no trabalho.
O trabalho pode ainda ser enriquecido com desenhos, fotos,
esquemas,
mapas,
etc.
6 -
Atitude na sala de aula
O
material de trabalho
É
muito importante levar sempre para as aulas o material necessário. Se o não
fizer,
mostra
pouco brio e, certamente, não consegue trabalhar bem, nem deixa trabalhar
os
colegas. Se tiver o material necessário, pelo contrário, poderá seguir as
explicações
do professor tirando apontamentos, ou sublinhando o manual.
Os
assuntos da lição
Se
tiver conhecimento do assunto que irá ser tratado na próxima lição, o aluno
terá
toda
a vantagem em preparar-se com antecedência.
Com
este tipo de preparação prévia da aula, o aluno consegue:
Captar de forma mais rápida e profunda a matéria dada;
Participar de forma mais eficiente na aula, dando contributos ou
colocando
dúvidas;
Registar apontamentos com maior facilidade.
O
tempo gasto neste tipo de actividade (cerca de 15 minutos serão suficientes), é
bem
compensado pelas vantagens conseguidas.
Saber
escutar
A
atenção
A
atenção é um factor essencial. Prestar atenção implica evitar brincadeiras,
conversas
ou ocupações despropositadas (realizar trabalhos de outra disciplina, por
exemplo).
Os
alunos atentos concentram-se nas aulas, contribuindo para a motivação dos
professores,
captando o essencial das matérias, tirando bons apontamentos e
poupando
horas de trabalho posterior.
Para
melhorar a atenção é importante escolher, sempre que possível, um lugar à
frente
e próximo do professor.
A
descoberta do essencial
Quando
existe um manual adoptado, é mais fácil descobrir o essencial das matérias,
que
aparecem organizadas no manual. Mas quando não existe manual, é muito mais
importante
tirar bons apontamentos, conhecer o método do professor, interpretar
bem
as palavras e ouvir até ao fim o que é dito na aula.
É
muito importante a interpretação das palavras usadas pelo professor. Quando
alguma
palavra ou expressão suscitar dúvidas, o aluno deverá solicitar o
esclarecimento
do seu exacto sentido.
O
aluno deve também escutar até ao fim as explicações do professor, mesmo que a
matéria
não lhe agrade ou não concorde com o que está a ser dito.
O
espírito crítico
O
aluno deve reflectir e avaliar aquilo que escuta. Isto significa que as coisas
não
devem
ser aceites nem rejeitadas sem reflexão.
A
reflexão crítica é um processo activo de aprendizagem e uma condição
indispensável
para uma boa participação nas aulas.
O
que é desejável é que os alunos não se limitem a assistir e a escutar, mas
participem
activamente nas aulas. Os alunos participativos aprendem mais e
estimulam
os professores. O alunos podem participar fazendo perguntas e intervindo
nos
debates.
Participação
Fazerperguntas
Fazer
perguntas é um bom processo de participação nas aulas. Mas elas devem ser
interessadas,
concretas e oportunas.
Intervir
nos debates
Intervir
nos debates facilita a assimilação da matéria, já que a memória guarda
melhor
aquilo de que se fala do que aquilo que apenas se escuta ou lê. Serve
também
de treino para a comunicação com os outros e dá autoconfiança.
Tirar
apontamentos
O
normal é fixarmos cerca de 20% do que apenas ouvimos. A única técnica que
permite
não perder o que se escuta é escrever apontamentos. É muito importante
possuir
nas aulas um caderno onde estes apontamentos possam ser registados. O
bom
aluno tem orgulho nos seus apontamentos e conhece as vantagens dos
apontamentos
bem organizados, sobretudo na altura das avaliações.
Seleccionar
É
fundamental saber seleccionar o que é mais importante. Tirar mais ou menos
notas
depende da matéria, do método do professor e da existência ou não de um
manual.
Se
existe um manual que contém o essencial da matéria, bastará anotar aquilo que
completa
ou clarifica o que está escrito. Para tal podem fazer-se anotações no
próprio
manual (isto implica, evidentemente, saber antecipadamente o que lá está
escrito).
Se não existir um manual, torna-se importante escrever o mais possível,
centrando
a atenção nas ideias, e não nas palavras do professor.
Existindo
ou não um manual, o aluno não deve deixar nunca de anotar:
Esquemas (quadros, gráficos, desenhos que resumem o essencial).
Definições, fórmulas, sínteses e comentários feitos pelo professor
(estes
elementos
dão pistas sobre os elementos mais valorizados nos testes , por
exemplo).
Indicações bibliográficas.
7 -
Trabalho em Grupo
Escolha
dos colegas
Um
grupo equilibrado não deverá ultrapassar os cinco elementos, de forma que
todos
possam participar activamente nas discussões e decisões. Há quem sugira os
três
elementos como número ideal para a composição de um grupo de trabalho.
A
realização do trabalho
Definir
objectivos
Para
que o trabalho possa ser realizado com êxito é necessário que o grupo
estabeleça
objectivos claros, que sejam compreendidos e aceites por todos os
elementos.
Se necessário, esta clarificação de objectivos deverá ser feita com o
auxílio
do professor.
Distribuir
tarefas
As
tarefas podem ser distribuídas de diversas formas:
Cada elemento selecciona um aspecto de trabalho que deseja
realizar;
Os elementos discutem e decidem, por consenso, a divisão do
trabalho;
O grupo decide aceitar as orientações do líder.
Estabelecer
regras
O
equilíbrio do grupo exige regras. Estas deverão constar sobretudo do modo de
funcionamento
e dos prazos a cumprir, não devendo tolerar-se a fuga às regras
estabelecidas
por consenso.
Relações
Humanas
É
muito importante cuidar das relações humanas, na aula ou fora dela, já que as
boas
relações interpessoais favorecem a confiança mútua, a cooperação e a
produtividade
do trabalho.
No
grupo, o diálogo é a única forma correcta de ultrapassar conflitos. As
principais
regras
para a convivência são:
Escutar os outros, sem os interromper desnecessariamente;
Ter auto domínio, controlando os impulsos momentâneos;
Ser tolerante, compreendendo as limitações alheias;
Corrigir sem ofender, manifestando as nossas divergências com
tacto e
delicadeza;
Oferecer elogios, salientando os aspectos positivos do trabalho
dos outros;
Usar o bom humor, acalmando e descontraindo o ambiente, nos
momentos de
tensão.
O
êxito dos grupos
Os
grupos bem sucedidos favorecem o rendimento intelectual, já que este é
favorecido
pelos acordos de cooperação entre pessoas, que se estimulam
mutuamente.
O simples debate de ideias e a reflexão em grupo fazem progredir
melhor
a aprendizagem.
O
trabalho em grupo favorece também a formação da personalidade, já que a
colaboração
solidária previne o individualismo e o excesso de competitividade. Além
disso,
o trabalho em grupo é cada vez mais importante para a vida profissional, já
que
os grandes projectos e realizações (mesmo no domínio da investigação) são
levados
a cabo por equipas multidisciplinares.
8 -
A preparação para as provas de avaliação
Habitualmente
podemos distinguir dois tipos principais de atitude no que respeita à
preparação
para os testes e outras formas de avaliação: o aluno que planeia e o
aluno
que não organiza o estudo ao longo do tempo.
O
aluno que não faz uma adequada planificação do seu estudo é habitualmente
aquele
se prepara apenas na véspera das provas. O estudo “à última hora” apesar
de
resultar em algumas situações, não é de todo aconselhável uma vez que a
informação
apenas fica registada na memória a curto prazo, e por pouco tempo.
Impede
o seu utilizador de desenvolver as suas capacidades de relacionar,
compreender
e aplicar conceitos e conhecimentos de forma inteligente. Diversas
disciplinas,
entre as quais Matemática, Português, Ciências da Terra e da Vida,
Ciências
Físico-Químicas, Inglês, Francês, não se compadecem com uma atitude
deste
tipo.
Nesta
situação, além do mais, a ansiedade e a fadiga aumentam impedindo o aluno
de
estar tão predisposto para aprender quanto deveria.
Outra
tendência habitual de quem concentra o estudo na véspera dos testes ou
provas
de avaliação é a de fazer um esforço intenso sem cumprir pausas de
descanso
- estudar até tarde ou no próprio dia, levantar-se de madrugada.
Na
verdade, no dia anterior à prova, deve descansar-se mais, pois o sono regular é
indispensável
à concentração e à capacidade de raciocinar com clareza. Um aluno
cansado,
tem tendência a precipitar-se, a dar respostas imediatas sem uma leitura
adequada
das questões, encontra-se mais irritável e menos lúcido.
A
preparação para os testes
É do
senso comum, que a melhor forma de o aluno se preparar, é estudar de forma
organizada
e programada ao longo do tempo, esclarecendo as dúvidas, recorrendo a
fontes
de ajuda e de informação variadas, realizando esquemas, fazendo revisões
periódicas.
Para a véspera da prova deve ser deixada apenas uma revisão final. Até
porque
é frequente a concentração de avaliações na mesma semana.
Quem
estudou ao longo do tempo, pode agora permitir-se fazer uma leitura
cuidadosa
dos sublinhados dos livros, das notas pessoais e dos apontamentos,
esquemas
e resumos que anteriormente realizou. Essa leitura será suficiente para
reavivar
os elementos principais.
O
intervalo que decorre entre a revisão final e a prova deve ser o menor
possível, de
modo
a minimizar as interferências, evitando o esquecimento.
Outro
conselho útil pode ser rever a matéria antes de dormir, uma vez que durante o
sono
as interferências na memória serão menores. Isto, caso a prova ocorra de
manhã;
caso ocorra durante a tarde ou à noite, é aconselhável rever novamente a
matéria
no dia seguinte.
Factores
essenciais a ter em conta na preparação para os testes:
estudar com antecedência
identificar os pontos importantes da matéria
utilizar estratégias aprendidas (sublinhar, resumir, parafrasear,etc.)
ler os resumos elaborados
elaborar listas de perguntas sobre a matéria, incluindo exemplos
práticos,
factos,
datas,etc.
anotar as dúvidas voltando a rever a matéria
clarificar as dúvidas com o professor ou outros
resolver testes ou exames antigos
responder a questões sobre a matéria
resolver problemas e efectuar exercícios de aplicação variados
evoluindo no
grau
de dificuldade
9 -
Realizar provas de avaliação
A
leitura do enunciado é extremamente importante. Primeiro o estudante deve ler
todo
o enunciado e respectivas instruções, assumindo uma atitude atenta e
confiante.
Ao obter uma visão global da prova, ser-lhe-á mais fácil distribuir o tempo
e
organizar as respostas.
As
perguntas devem ser lidas com atenção. Muitas vezes o insucesso num teste
deve-se
ao facto de o aluno não responder exactamente àquilo que lhe é pedido.
Assim,
é necessário que o aluno saiba exactamente o que significam expressões
como:
analisar, averiguar, comparar, avaliar, definir, estabelecer, explicar,
interpretar,
justificar, descrever, enumerar, resumir, ilustrar, caracterizar, entre
outras.
Para
dar uma boa resposta, o aluno deve identificar com clareza aquilo que lhe é
solicitado
e responder sem fugir ao tema. Uma boa prova não é necessariamente
uma prova
grande. Na avaliação é geralmente valorizado o essencial, não o
acessório
ou os pormenores.
A
distribuição do tempo é também crucial. Cada um deve aprender a gerir o tempo
de
acordo com o seu ritmo de trabalho e as dificuldades da prova. Tal só se
consegue
treinando e melhorando o auto-conhecimento do ritmo de realização
individual.
Finalmente,
o aluno deve reservar algum tempo para reler a prova, de modo a
corrigir
eventuais erros, verificar se respondeu a todas as questões.
Regras
mais importantes a ter em conta durante um teste:
ler o teste ou prova atenta e integralmente
seguir correctamente todas as instruções do teste
planificar bem o tempo disponível
decidir a ordem pela qual vai responder às perguntas
responder com lógica e precisão às perguntas
responder com clareza e com uma letra legível
procurar não deixar respostas em branco
reler as respostas para verificar a existência de possíveis erros
rever a pontuação
aprender com a correcção dos erros
Para
obter um bom desempenho nas provas de avaliação além dos aspectos já
referidos
importa salientar os seguintes:
Estudar de forma planeada, não deixando o estudo para a véspera
Proceder a uma cuidadosa revisão da matéria
Treinar respostas, resolver testes anteriores
Encarar a avaliação com confiança
Reflectir antes de responder, procurando captar o sentido exacto
da pergunta
Responder de forma clara e segura
Evitar falar daquilo que não se domina bem
Não dar opiniões pessoais caso não tenham sido pedidas
Assumir as responsabilidades perante uma nota negativa
Aproveitar o aviso, caso as notas estejam baixas, para modificar
os métodos
de
trabalho
10 -
Algumas ferramentas
Ficam
aqui algumas ferramentas que os alunos poderão utilizar para as suas
actividades
de estudo.
1 -
Gestão do Tempo
Já
deves ter observado que só algumas horas do teu dia obedecem a um
horário:
as horas de aulas, as refeições e pouco mais. Se não organizares o
restante
tempo, poderás dar conta que o tempo se escapou e nem deste por
nada…
Numa
semana tens de…:
Sono
56 Horas
Refeições
21 Horas
Aulas
30 Horas
Estudo,
lazer, … 61 Horas ou 9 horas/dia
Por
vezes, não basta organizar um horário das aulas, é necessário organizar
o
tempo que ocupamos nas aulas, nos transportes da escola a casa, nas
actividades
desportivas fora da escola, para sabermos quanto tempo temos
disponível
para estudar.
Propomos-te,
agora, um exemplo de um horário semanal que te ajudará a
organizar
o teu tempo.
HORAS
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sábado Domingo
8:30
História LPO C.N./F.Q. Mat. Estudo Estudo Estudo
9:30
História LPO C.N./F.Q. Mat. Estudo Estudo Estudo
10:30
Francês Geog. E.T.L. Hist. LPO Estudo Estudo
11:30
Ed. Física Geog. E.T.L. Francês LPO Estudo Divertimento
12:30
E.V. Inglês Inglês E.F. A.P. Estudo Divertimento
13:30
E.V. Inglês Inglês Divertimento A.P. Estudo Divertimento
14:30
Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
15:30
Matemática F.C. Divertimento E.A. Estudo Lazer Estudo
16:30
Matemática C.N./F.Q. Divertimento E.A. Estudo Instituto Estudo
17:30
Estudo C.N./F.Q. Divertimento E.F. Estudo Instituto Estudo
18:30
Estudo Instituto Estudo Estudo Estudo Instituto Estudo
19:30
Karaté Instituto Estudo Estudo Divertimento Divertimento Divertimento
20:30
Karaté Instituto Estudo Estudo Divertimento Divertimento Divertimento
21:30
Refeição Refeição Refeição Refeição Refeição Refeição Refeição
22:30
Lazer Lazer Lazer Lazer Lazer Lazer Lazer
Deste
modo, poderás organizar a tua semana, de maneira a gerires melhor o
teu
tempo, para poderes aproveitá-lo ao máximo.
1.1.
Regras de utilização do Tempo
Regras
Porque…
Deverás
estudar uma disciplina o mais
cedo
possível após a aula.
…ainda
te recordas do que foi dito e
mais
facilmente completas
apontamentos
e realizas exercícios
idênticos.
Deverás
distribuir o tempo, dando a
cada
disciplina 30 a 40 minutos.
…evitas
cansaço e aborrecimento
(custa
menos!).
Divide
as disciplinas: para um lado as
que
gostas ou tens mais facilidade e,
para
o outro, as mais difíceis e de que
gostas
menos.
…no
início do estudo estamos menos
cansados
e, por isso, custa menos
fazer
esforço. Deixas para o fim o
que
custa menos, logo é mais fácil de
fazer!
Agrupa
uma disciplina que gostas
menos
(ou mais difícil) com uma de
que
gostas mais (ou mais fácil).
Estuda
primeiro as mais
desagradáveis
e só depois a mais
agradável.
Faz
pequenas pausas para um copo de
água,
ir à casa-de-banho ou ir até à
janela
para tomar ar.
…relaxas
e prepara a próxima tarefa.
Atenção,
uma pausa tem no máximo
cinco
minutos. Só paras quando
terminares
as tarefas do plano.
1.2.
10 ideias para quem quer tempo…
Concentra-te numa coisa de cada vez.
Planeia o teu dia de trabalho de véspera e estabelece prioridades
para ti
mesmo.
Traz sempre contigo um bloco ou agenda para anotar coisas que
deves fazer
ou outras
ideias de trabalhos.
Tenta evitar perdas de tempo. Todo o tempo pode ser útil!
Pensa como é bom quando terminas um trabalho a tempo e consegues
cumprir
os prazos que estabeleceste.
Estabelece prazos para realizar os trabalhos ou estudar com antecedência.
Pára de te lamentar com as coisas que correm mal. Aprende com o
erro para
não
o cometeres novamente.
Não adies o trabalho ou estudo que tens para fazer. Deixar para
amanhã
pode
parecer uma solução, mas é um problema.
Pensa no que gostarias de conseguir fazer: estabelece objectivos
para ti
como
estudante.
Escreve e afixa no teu quarto papéis com as tarefas que tens para
cumprir.
2.
Concentração e Memória
2.1.
Concentração
A
concentração no estudo é uma coisa curiosa: quanto mais pensamos nela,
quanto
mais nos preocupamos, menos concentrados estamos no estudo. Por
isso,
vamos usar estratégias que combatem tudo o que baixa ou retira
concentração.
Alimentação
Sono Exercício
Equilibradas
e regulares - Bom sono, 6 a 8 horas - Pratica uma
actividade
por
noite. que te
agrade.
Boa
concentração
2.2.
Memória
Durante
o teu tempo de estudo, terás de fixar factos, dados e regras, para
os
usares mais tarde. A capacidade que temos de guardar conhecimentos,
definições,
datas, imagens, chama-se memória.
Como
memorizar?
Interesse
Seleccionar Organizar Visualizar Exercitar
Pensar
/ - Pensar - Junção de temas - Através de - Praticar
acreditar
por palavras esquemas
Boa
Memória
3.
Durante o estudo…
Um
local de estudo organizado facilita imenso as tarefas.
Observa
o teu local de estudo habitual e reflecte sobre as
condições
que ele te oferece.
Pequenas
mudanças dão grandes resultados!
Arrumação…
Livros acessíveis;
Apontamentos
arquivados;
Ambiente
de Estudo… Evita o que te distrai;
Procura
um local onde te consigas
concentrar;
Evita
espaços frios, pouco arejados e
pouco
iluminados;
Mesa
de Trabalho… A mesma durante o estudo;
Onde
caibam cadernos e livros;
Bem
iluminada.
4.
Apontamentos
Por
vezes, torna-se difícil acompanhar o que é dito na aula. Muitos alunos
atribuem
a isso a razão para não terem apontamentos do que é dito na aula.
4.1.
Antes da aula…
Material
Espreita para a frente Vocabulário novo
A
arrumação das
ideias
é muito
importante.
Procura usar
cadernos
tamanho A4. - Lê previamente algum material. Procura
aumentar
o teu vocabulário sobre o tema
que
estás
a estudar. Assinala as palavras que
não
conheces
e procura o significado no
dicionário.
Tenta substitui-las, na frase,
por
uma palavra sinónima.
4.1.1.
Modelo de uma página de um caderno diário…
Depois
da
aula,
escreve
o
assunto
nesta
margem
4 cm
Durante
a aula anota aqui
12
cm
Toma
nota de
ideias
e
questões
sobre
o assunto
5 cm
Atenção!
Isto não é tudo o que deves escrever, tens de
completar
o teu caderno com o maior número de informações
possíveis.
Que
materiais deves Utilizar…
-
Blocos de folhas soltas ou cadernos;
- Um
bloco e uma capa têm vantagens sobre os cadernos, pois podes
acrescentar
folhas. No entanto este sistema é mais frágil, correndo o risco
de
perderes as tuas folhas.
4.2.
Durante as aulas…
Ouve o professor e toma atenção à informação que ele
transmite;
Resiste à distracção;
Sempre que possível escreve os apontamentos, usando
palavras
tuas;
Expõem sempre as tuas dúvidas;
Sempre que copiares os exercícios do quadro, procura
comentar
a resolução para, quando em casa tentares
realizar
exercícios idênticos, seres capaz de perceber
como
os resolver;
No fim da aula, antes de arrumares o caderno, confirma se
anotaste
o sumário e os trabalhos de casa.
4.3.
Depois das aulas…
Completa as notas, compondo o texto e tornando-o mais
simples
de ler.
Relê o que anotaste e tenta reescrever por palavras
tuas
as ideias da aula.
Lê os textos de apoio do manual para completares a
informação
nos apontamentos.
Os teus apontamentos devem conter TODA a informação
necessária
sobre o tema.
4.4.
Periodicamente deves…
Rever…
…as notas ou apontamentos sobre as unidades de
matéria.
Ao
fim de algumas aulas, o professor pode mudar de
tema
ou unidade: confirma que não deixas “pontas
soltas”,
coisas que não entendes para trás.
Resumir…
… escrevendo por palavras tuas o assunto, ou
resolvendo
um conjunto de exercícios sobre a
matéria.
Testar…
… os teus conhecimentos para te manteres “em
forma”
nessa matéria. Fazendo isto, estás a poupar
tempo
de estudo antes dos testes.
5.
Antes dos testes…
1.
Anota a data do teste.
2.
Anota o tópico, matéria, unidade do teste. “Que matéria é que sai?”
3.
Anota numa folha as ideias principais da matéria: conceitos base, ideiaschave,
frases,
acontecimentos, ou nomes de intervenientes.
4.
Faz uma lista do vocabulário importante relacionado com o tema.
5.
Escreve 15 perguntas ou 15 exercícios que pensas que podem sair no teste.
6.
Confirma com o professor a matéria do teste e aproveita para verificar qual
o
material mais importante para estudar:
-
apontamentos da aula;
-
textos do manual da disciplina;
-
textos fotocopiados de apoio;
-
testes formativos;
-
outros testes já realizados.
7.
Qual será o formato do teste:
-
perguntas de resposta directa;
-
perguntas de escolha múltipla, verdadeira/falso, preencher lacunas, etc…
-
composição sobre o tema;
-
legendar imagens.
8. –
Quanto tempo irás necessitar para estudar. Observa o teu horário.
Quantos
momentos de estudo podes ter antes do teste? Procura dividir o
tempo
de acordo com a matéria.
9.
Decide que formas de estudar irás utilizar:
-
Ler os textos e retirar as ideias chaves;
-
Realizar uma folha de resumo;
-
Memorizar a informação que necessita de ser memorizada:
utilizando uma gravação com a informação que ouço regularmente;
desenhando um mapa das ideias.
Ácido
Sulfúrico
6.
Organização de conhecimentos
No
final de cada unidade, é importante organizar o assunto,
mostrando
as ligações que existem entre as informações. A esta
representação
gráfica costumamos chamar esquema.
6.1.
Exemplos de mapas em margarida
Adubos
Químicos Tintas e corantes Explosivos
Metalurgia
Plásticos e Produtos
Q u
í m i c o s
Detergentes
e Sabões Fibras Têxteis Outras Aplicações
(tecidos
vários) (pilhas e baterias)
6.2.
Esquema de Comparação
Este
modelo é usado para mostrar diferenças e semelhanças entre duas coisas:
pessoas,
lugares, acontecimentos, características ou ideias (diferenças entre a
poesia
de Camões e de Bocage; reacções químicas entre ácidos, bases e outros
produtos).
6.3.
Árvore ou Rede
Apresenta
a Informação sobre uma organização causa-efeito, uma hierarquia
(tipos
de insectos, distribuição do poder), ou sistemas (sistema circulatório).
7.
Erros, erros, erros…
Cinco
conselhos para evitar os erros ortográficos
1º)
Observa os erros que dás. Deverás encontrar os tipos de erros mais
frequentes.
Pergunta a ti mesmo: Que erros costumo dar com mais frequência?
2º)
Faz uma lista das palavras que erras com mais frequência. Separa estas
palavras
de acordo com o tipo de erro. Utiliza o caderno para registar as
palavras
que vais corrigindo.
3º)
Procura exercitar a escrita, controlando o erro. Aumenta a atenção, em
especial
nas palavras que supões poder dar erro.
4º)
Algumas actividades de lazer são bons exercícios de memorização das
palavras
e ajudam a ultrapassar os erros. Sopas de letras: terás de reconhecer
as
palavras. Sopas de palavras: terás de reconhecer as palavras soletrando-as
(dividindo-as
nas letras que as compõem). Palavras cruzadas: também treinam a
memória
dos elementos que constituem as palavras, ao mesmo tempo que
proporcionam
o desenvolvimento do vocabulário.
5º)
Lembra-te que dar erros ortográficos pode ser desagradável, mas não é um
destino:
é possível aprender e corrigir.
8.
Preparação para testes e exames
Nota:
A organização é a chave do sucesso.
-
Rever continuamente a matéria
-
Organizar o tempo de estudo (horário de estudo)
-
Procurar saber tudo sobre os testes
-
Ensaiar / Praticar
8.1.
Durante o teste…
- Controla
o tempo. Observa o tamanho do teste e calcula o tempo aproximado
para
cada grupo de questões.
- Lê
o teste e vê se tens alguma dúvida que possa ser esclarecida pelo
professor.
-
Procura responder às questões mais fáceis, deixando para o fim as mais
complicadas
ou as que dão mais trabalho.
-
Nas perguntas de desenvolvimento pensa na resposta toda (podes elaborar
um
rascunho ou um pequeno esquema do que pretendes escrever). Escreve
frases
completas.
-
Copiar? Tu sabes que é batota… Por isso, confia no que sabes.
-
Relê o teste todo no final. Procura perceber o que querias dizer e pergunta a
ti
mesmo: “O professor vai perceber o que eu quero dizer? As frases estão
bem
construídas?”
8.2.
Boas razões para rever um teste corrigido
Um
teste corrigido pode não ser agradável de ver…
Não
é verdade? Podes e deves trabalhar para que o próximo teste
seja
positivo. Analisa as questões que erraste.
Observa
o teste e tenta preencher o quadro seguinte. Coloca uma marca por
cada
pergunta que não está correcta na coluna “ Perguntas”. Conta o total das
perguntas
erradas por problema.
Problemas
Perguntas Total
Não
Respondi… Porque me esqueci
Porque
não sabia
Porque
me faltou tempo
Está
incompleto
Respondi
e… Tem erros
Está
mal
Já
encontraste todos os problemas? Agora vais pensar nas soluções.
Não
respondi…
Porque
me esqueci
Por
vezes julgamos que fizemos tudo… Afinal, ficaram aquelas questões por
fazer…
Procura rever o teste antes de o entregares ao professor. Reserva
algum
tempo para esta tarefa (5 minutos).
Porque
não sabia
Como
já viste, pensar no que correu mal pode ser importante para que não volte
a
acontecer. O que é que não sabias? Porque não sabias? Não estudaste ou não
compreendeste?
Procura a resposta correcta e observa-a.
Porque
me faltou tempo
Se
tivesse tempo tinhas respondido correctamente? Tenta lembrar-te que
questão
no teste te demorou mais tempo. Isso aconteceu porque tiveste
dúvidas
ou não conseguias responder por não saber?
Trata-se
de uma questão que não sabias.
Respondi
e …
Está
incompleto
Procura
saber o que falta. Que tinha de acrescentar à resposta para ela ficar
completa.
Procura perceber por que isto acontece. Observa os teus
apontamentos
e esquemas.
Tem
erros ortográficos
Faz
uma lista correcta das palavras que erraste. Procura fixar essas palavras.
Exercita
a memória com essas palavras
Que
resposta para a pergunta…
A
questão pede-te
para…
Deverás…
Analisar
Apresentar as ideias principais e dar a tua opinião sobre uma
ou
outra, explicando claramente a tua posição.
Avaliar
Dar uma opinião, apresentando uma justificação onde se
percebam
os aspectos positivos, negativos, vantagens e
desvantagens.
Comparar
Apresentar as semelhanças e diferenças entre duas coisas.
Criticar
Muito parecido com avaliar. Deves ser capaz de dar uma
opinião
fundamentada (justificando a tua posição),
apresentando
(em teu entender) quais entendes serem as
vantagens
e desvantagens.
Definir
Diz qual é o significado de um conceito: o que ele significa por
poucas
palavras, indicando as suas principais características.
Descrever
Fazer um “retrato”, apresentando as características mais
importantes
que nos ajudam na compreensão do assunto.
Enumerar
Indicar todos os elementos de um assunto, pela sua ordem.
Esquematizar
Recordas-te dos esquemas? Terás
que apresentar o assunto
organizado
num esquema para que se compreenda fácil e
rapidamente.
Não te esqueças de nenhum pormenor
importante.
Explicar
Apresentar o assunto de uma forma clara e simples,
referindo
até causas e consequências.
Interpretar
Perceber a ideia e explicá-la por palavras tuas.
Justificar
Apresentar as razões para defender determinada posição ou
ideia.
Resumir
Apresentar, por poucas palavras um assunto, referindo as
ideias mais importantes.
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